
Sociedade é pluralidade.
A convivência se dá pela tolerância ao diferente. Não se pode desfazer-se do outro, portanto deve-se tolerá-lo.
A pluralidade se dá a partir disso; pois há uma convergência da diferença convivendo conforme uma moral da preservação da vida biológica - permite-se viver pois não se pode matar.
A sociedade é estruturada num sistema rígido, segundo uma lei regulamentada; e as pessoas se baseiam nisso.
É arborescente, em analogia com uma árvore, cujas folhagens estão vinculadas a uma raiz; quer dizer, tem uma linha hierárquica verticalizada.

Comunidade é multiplicidade.
O compartilhamento está relacionado a um profundo respeito às formas de ser/estar/manifestar-se.
A multiplicidade se faz presente através desse respeito; há uma confluência das diferenças compartilhando um mesmo território conforme a ética da vida.
A práxis está baseada no agora, mas não no sentido da satisfação imediata das necessidades e do desejo, mas em permitir-se estar presente.
A comunidade não tem estrutura, pois não tem um sistema; ela se reinventa em cada relação.
Por ser rizomática, como a vegetação rasteira da restinga, sem eixo fixo, a comunidade é horizontalizada em suas relações.
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